A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que haja reforço nas equipes da Polícia Federal responsáveis pelo monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar desde 4 de agosto.

O procurador-geral Paulo Gonet destacou, em manifestação enviada à Corte, que a PF deve manter “equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautela adotadas”. Segundo ele, no entanto, as ações não devem ser “intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem perturbadoras de suas relações de vizinhança”.

A manifestação da PGR foi feita após determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que havia dado prazo de cinco dias para posicionamento sobre um ofício da Polícia Federal.

No documento, a PF informou que recebeu representação do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, apontando risco concreto de fuga de Bolsonaro. A suspeita seria de uma possível tentativa de ingresso na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, com pedido de asilo político.

Cabe agora ao ministro Moraes decidir quais medidas deverão ser adotadas a partir da recomendação.