A Justiça italiana decidiu manter a prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), negando o pedido apresentado por sua defesa para que a parlamentar fosse transferida ao regime de prisão domiciliar. Zambelli, que atualmente se encontra em Roma, foi detida em julho após deixar o Brasil logo depois de sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O STF havia fixado a pena de dez anos de prisão contra a deputada por crimes de invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por também ter participado da invasão de contas de autoridades brasileiras em episódios anteriores. Segundo a investigação, a atuação de Zambelli e Delgatti tinha como objetivo manipular informações e fragilizar instituições do Judiciário.
A decisão da Justiça italiana representa mais um revés para a defesa da parlamentar, que tentava flexibilizar as condições da detenção enquanto aguarda os desdobramentos de eventuais pedidos de extradição ou acordos judiciais entre Brasil e Itália. Até o momento, não há prazo definido para uma eventual transferência de Zambelli ao Brasil, mas o processo pode se estender em razão de recursos apresentados às cortes italianas.
Com a manutenção da prisão cautelar, Carla Zambelli seguirá detida em Roma, em meio a um impasse jurídico que envolve a legislação italiana e os pedidos oficiais das autoridades brasileiras.