O Departamento de Estado dos Estados Unidos intensificou, nesta segunda-feira (18/8), os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação no X (antigo Twitter), o governo norte-americano chamou o magistrado de “tóxico” e reforçou as sanções impostas contra ele.

A mensagem foi divulgada em resposta à decisão recente do ministro Flávio Dino, também do STF, que determinou que nenhuma empresa ou órgão com atuação no Brasil poderá aplicar restrições ou bloqueios baseados em medidas unilaterais de outros países. Na prática, a decisão busca impedir que companhias sediadas no Brasil sigam ordens estrangeiras que prejudiquem cidadãos ou instituições nacionais.

No comunicado, os EUA afirmaram que “nenhum tribunal estrangeiro pode invalidar as sanções dos Estados Unidos — ou poupar alguém das graves consequências de violá-las”. O texto ainda sustenta que Moraes representa riscos para empresas e indivíduos que buscam acesso ao mercado norte-americano.

As autoridades norte-americanas reforçaram que cidadãos dos EUA estão proibidos de manter qualquer tipo de transação com Moraes. Além disso, alertaram que estrangeiros que oferecerem apoio material a pessoas acusadas de violações de direitos humanos também poderão ser alvo de sanções.

O episódio aumenta a tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, em meio às investigações do STF sobre a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, na qual Moraes atua de forma central. As críticas partem justamente do governo norte-americano, que, apesar de ter apoiado a preservação da democracia brasileira, agora pressiona em relação às medidas tomadas pelo magistrado.