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Brasil pode arrecadar R$ 260 bi por ano taxando grandes fortunas
Estudo do G20 revela: taxação dos super-ricos no mundo pode gerar mais de R$ 1,3 trilhão por ano
Por Rádio JB
Publicado em 05/07/2025 17:02 • Atualizado 05/07/2025 17:14
BRASIL
Imagem: IA / Rádio JB

 

Um levantamento divulgado por um grupo de economistas ligados ao G20 aponta que a taxação de apenas 2% sobre a fortuna das três mil pessoas mais ricas do planeta poderia gerar, anualmente, mais de R$ 1,3 trilhão. Os dados reforçam o debate sobre justiça fiscal e o papel dos bilionários em um mundo marcado pela desigualdade crescente.

O estudo propõe uma taxação anual sobre grandes fortunas, focando principalmente na parcela mais rica da população mundial, cujos patrimônios acumulados muitas vezes ultrapassam centenas de bilhões de dólares. Com os recursos arrecadados, seria possível financiar políticas públicas robustas em áreas como saúde, educação, segurança alimentar e combate às mudanças climáticas.

No Brasil, o debate sobre a taxação dos super-ricos também avança. Segundo dados da Receita Federal, o país possui cerca de 300 bilionários. Economistas estimam que a implementação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na Constituição de 1988 mas nunca regulamentado, poderia arrecadar R$ 260 bilhões por ano, a depender da alíquota adotada.

Além do IGF, especialistas apontam outras formas de tornar o sistema tributário mais progressivo, como a taxação de lucros e dividendos — hoje isentos no Brasil — e a revisão das alíquotas do Imposto de Renda, que penaliza proporcionalmente mais a classe média do que os detentores de grandes fortunas.

Enquanto a maioria da população mundial lida com o aumento do custo de vida, concentração de renda e desigualdade seguem crescendo. Para os autores do estudo, a taxação dos bilionários não é apenas uma medida econômica, mas uma questão de justiça social.

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