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Onça que matou caseiro foi capturada no Pantanal
O macho, que pesa impressionantes 94 quilos, foi encontrado em meio à vegetação pantanosa, visivelmente debilitado e magro.
Por Rádio JB
Publicado em 24/04/2025 08:12
BRASIL
Foto: Divulgação

No último dia 21, uma tragédia marcou a vida no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Jorge Ávalo, um caseiro de 60 anos, perdeu a vida após ser atacado por uma onça-pintada nas proximidades do pesqueiro Touro Morto, onde os rios Miranda e Aquidauana se encontram. A ocorrência chocou a comunidade local e levantou questões sobre a segurança na convivência entre humanos e animais selvagens.

Após o ataque, uma equipe composta por um pesquisador, dois guias e quatro policiais militares ambientais foi mobilizada para capturar a onça responsável. O macho, que pesa impressionantes 94 quilos, foi encontrado em meio à vegetação pantanosa, visivelmente debilitado e magro. A condição do animal levantou preocupações sobre sua saúde e comportamento. Segundo Gedienson Araújo, o pesquisador que estava na operação, a equipe instalou um acesso venoso e um monitor de frequência cardíaca e temperatura no felino, preparando-se para qualquer intervenção que pudesse ser necessária, incluindo a aplicação de um anestésico.

A captura do animal não se tratou apenas de uma ação imediata para proteger a população, mas também de um esforço para entender os fatores que podem ter levado ao ataque. A combinação de pressões ambientais, como as chuvas intensas que alagaram a região, pode ter forçado a onça a buscar alimento em áreas mais próximas a assentamentos humanos, aumentando o risco de conflitos.

Com o animal agora sob cuidados, a expectativa é que ele seja levado a um centro de reabilitação, onde poderá ser avaliado e tratado. A comunidade aguarda ansiosamente por respostas sobre a saúde da onça-pintada e os motivos detrás desse comportamento agressivo. Enquanto isso, o luto pela perda de Jorge Ávalo ecoa entre aqueles que conheciam o caseiro, que deixou um legado de amor pela natureza e pela vida simples no Pantanal.

Este episódio é um lembrete doloroso da fragilidade da linha que separa a vida selvagem da vida humana, uma linha que, quando cruzada, pode resultar em consequências irreparáveis para ambas as partes. É crucial que as discussões sobre conservação, educação ambiental e proteção das comunidades continuem, a fim de evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro.

Rádio JB

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