Recentemente, o Rio Grande do Sul enfrentou uma severa estiagem que resultou em uma queda significativa de 30,4% na produção de soja, conforme o balanço apresentado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Esta informação foi divulgada durante a 25ª edição da Expodireto, que ocorreu em Não-Me-Toque, no norte do estado.
A previsão inicial para a colheita da principal cultura de verão do estado era de 21,6 milhões de toneladas. Contudo, após a atualização dos dados na manhã de terça-feira (11), essa estimativa desceu para apenas 15 milhões de toneladas. Essa redução não só afeta o número absoluto de produção, mas também reflete um contraste preocupante com a safra anterior de 2024, que registrou uma colheita de 18,2 milhões de toneladas. Isso representa uma quebra de 17,4% em relação ao que se esperava para 2025.
Além da soja, outros grãos também sofreram quedas significativas na produção. A expectativa para a colheita total de 35 milhões de toneladas de grãos no estado foi revisada para 28 milhões de toneladas, marcando uma redução de 20,1%. Enquanto as condições climáticas foram favoráveis para as lavouras de milho, com chuvas adequadas especialmente para as plantações de ciclo cedo, a soja foi negativamente impactada pela irregularidade e escassez de chuvas.
Dentre os produtos que mais apresentaram quebras, o feijão da 2ª safra liderou a lista com uma redução de 38,6%, seguido pela soja (-30,4%) e milho (-10,2%). O feijão da 1ª safra também enfrentou uma retração, embora menor, de 3,3%. Por outro lado, uma boa notícia veio com o arroz, que teve um leve aumento na produção de 1,1%.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 225 municípios foram afetados pela estiagem, dos quais 210 já têm declarou situação de emergência. Até o momento, 84 prefeituras tiveram seus decretos homologados pelo governo estadual, e 73 receberam reconhecimento do governo federal, destacando a gravidade da situação.
Esses dados ressaltam não apenas o impacto econômico da estiagem nas principais culturas do estado, mas também a necessidade urgente de medidas de mitigação e suporte aos agricultores afetados.
Foto: Arquivo Rádio JB
Fonte: Rádio JB