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Como era a rotina na prisão de mulher que envenenou bolo
Publicado em 14/02/2025 08:39
Rio Grande do Sul
Deise Moura dos Anjos foi transferida no início de fevereiro para penitenciária da Região Metropolitana, onde foi encontrada morta
A Polícia Penal informou, no final da manhã desta quinta-feira (13), como era a rotina de Deise Moura dos Anjos, 42 anos, encontrada morta na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A mulher estava presa preventivamente desde 5 de janeiro por suspeita de ter envenenado farinha com arsênio. Três pessoas morreram ao consumir um bolo feito com o ingrediente.
Conforme as autoridades, a mulher usou a camiseta do uniforme para se enforcar. A Polícia Penal, em nota, disse que não é possível descrever detalhes do fato. A instituição alega que minúcias estão resguardadas pelo fato de uma investigação da Polícia Civil estar em andamento.
Detida em Torres, no Litoral Norte, Deise foi transferida para Guaíba no dia 6 de fevereiro. Na unidade, ela era impedida de manter contato com outras presas.
Confira abaixo como era o dia a dia da investigada, conforme informações da Polícia Penal enviadas por escrito à Zero Hora.
Perguntas e respostas
Como era a rotina de Deise na cadeia?
A Polícia Penal informa que, além do impedimento de contato com outras detentas e de estar em cela individual, não havia diferença na rotina da apenada em relação às outras pessoas privadas de liberdade. Ela tinha direito à alimentação fornecida pelo Estado, direito ao banho de sol diário, bem como todos os direitos e atendimentos previstos na Lei de Execução Penal, porém em horários e espaços que garantissem a sua integridade física.
Como era a cela de Deise?
A cela individual possui cama, vaso sanitário, chuveiro e pia. Com a presa, havia apenas vestimentas (uniforme prisional), roupas de cama, livros, cartas e objetos de higiene pessoal que não oferecessem riscos.
Qual era a rotina de inspeção por agentes penais das condições de Deise na cela? Tinha alguma diferença para as demais detentas?
Segundo a Polícia Penal, a rotina de inspeção é permanente, com a presença de servidores próximos às celas. Não havia diferença em relação às demais detentas em situação de isolamento. Assim como em outras unidades prisionais, são feitas conferências em diversos momentos durante o dia. Além disso, agentes penitenciários realizam revistas diárias nas celas.
O que seria o ideal em carceragem e vigia para uma presa de potencial perfil psicopata/suicida?
Todas as pessoas privadas de liberdade recebem o tratamento adequado no que tange à vigilância e aos atendimentos e direitos previstos na Lei de Execução Penal, conforme a Polícia Penal. Presos com indicações médicas para algum tratamento diferente são tratados conforme orientações dos profissionais.
Houve falha?
A Polícia Penal afirma que não houve falha de segurança na unidade prisional. Os agentes penitenciários atuam na segurança das celas em isolamento, seguindo o protocolo que é utilizado em qualquer unidade prisional com essa característica. Além disso, Deise foi colocada em cela individual, garantido seu isolamento de outras detentas e ainda transferida de estabelecimento prisional, sempre primando pela segurança da apenada, de acordo com o órgão.
Deise foi transferida de cárcere em Torres para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba por ameaças de outras presas. Havia ameaças também em Guaíba?
A apenada foi transferida em 6 de fevereiro de 2025 do Presídio Estadual Feminino de Torres para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, que oferece estrutura adequada para isolamento. Não há registros de ameaças de outras presas na unidade de Guaíba, visto que Deise não tinha contato com as demais detentas.
Procure ajuda
Caso você esteja enfrentando alguma situação de sofrimento intenso ou pensando em cometer suicídio, pode buscar ajuda para superar este momento de dor. Lembre-se de que o desamparo e a desesperança são condições que podem ser modificadas e que outras pessoas já enfrentaram circunstâncias semelhantes.
Se não estiver confortável em falar sobre o que sente com alguém de seu círculo próximo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. O CVV (cvv.org.br) conta com mais de 4 mil voluntários e atende mais de 3 milhões de pessoas anualmente. O serviço funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados), pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil (confira os endereços neste link: https://www.cvv.org.br/postos-de-atendimento/ )
Você também pode buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no telefone 192, ou em um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Estado. A lista com os endereços dos CAPS do Rio Grande do Sul está neste link: http://www.ccs.saude.gov.br/saudem.../capsriograndedosul.php
Fonte: Gaúcha ZH
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