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EUA ameaçam intervir no Brasil?
Governo Lula reage a ameaça dos EUA de intervenção militar em defesa de Bolsonaro
Por Rádio JB
Publicado em 10/09/2025 11:02
News

Integrantes do governo Lula (PT) classificaram como extremamente grave a ameaça feita pelo governo dos Estados Unidos de possível uso de força militar contra o Brasil, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração da porta-voz ligada ao ex-presidente Donald Trump gerou forte repercussão em Brasília.

Nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, acusou a família Bolsonaro de estar por trás de uma conspiração internacional contra o país. “Os Estados Unidos ameaçam invadir o Brasil para livrar Bolsonaro da cadeia”, escreveu a ministra, ressaltando que a movimentação representa um ataque direto à soberania nacional.

Outro ministro do governo Lula ironizou o argumento usado pela oposição de que haveria desrespeito à liberdade de expressão no Brasil. Ele lembrou que, há apenas dois dias, manifestantes bolsonaristas ocuparam ruas em protestos contra Lula e o Judiciário, carregando inclusive uma bandeira americana como símbolo de apoio à intervenção externa.

De acordo com auxiliares do Planalto, diante da gravidade da ameaça, o Itamaraty deverá se pronunciar oficialmente, defendendo a soberania brasileira e repudiando qualquer tentativa de ingerência estrangeira. Além disso, parlamentares governistas devem ser incentivados a cobrar uma resposta firme à Casa Branca.

Fontes próximas ao presidente relataram que Lula ainda não se manifestou diretamente sobre o caso, já que estava em deslocamento de Manaus para Brasília no momento em que a ameaça foi divulgada. A expectativa é de que o chefe do Executivo se pronuncie nas próximas horas, reforçando a posição do governo de que o Brasil não aceitará intimidações externas.

 

O episódio intensifica a crise política em torno do julgamento de Bolsonaro, acusado de envolvimento em tentativa de golpe e outros crimes contra a democracia. No governo, a avaliação é de que a retórica norte-americana fortalece ainda mais a narrativa conspiratória da extrema direita, mas, ao mesmo tempo, abre espaço para reforçar o discurso de defesa da independência nacional.

Com informações da FolhaPress.

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