A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio gastrointestinal que pode provocar dores abdominais, inchaço, diarreia ou prisão de ventre. Suas causas são múltiplas e incluem fatores como doença de Crohn, colite, úlceras e infecções. Para auxiliar no tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, médicos costumam recomendar mudanças específicas na alimentação.
De acordo com o Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos, três medidas principais podem ajudar: o consumo adequado de fibras, a exclusão do glúten e a adoção de uma dieta de baixo teor de FODMAP — carboidratos de difícil digestão que podem gerar desconforto.
O consumo de fibras deve ser introduzido de forma gradual, já que o excesso pode agravar sintomas como gases. As fibras solúveis, encontradas em vegetais e cereais integrais, são as mais eficazes para aliviar os sintomas da SII. Por outro lado, alimentos com glúten, como trigo, cevada e centeio, podem intensificar o problema, mesmo em pessoas sem diagnóstico de doença celíaca.
A dieta de baixo FODMAP consiste em reduzir frutas como maçã, manga, melancia e pêssego; vegetais como couve-flor, repolho e alho; leguminosas como feijão e lentilha; além de laticínios, produtos de trigo, mel e adoçantes artificiais como sorbitol e xilitol. A restrição desses itens pode trazer alívio para muitos pacientes.
Entre os alimentos que ajudam a desinflamar o cólon estão bananas, peras e pêssegos, além de vegetais como cenoura, abóbora, acelga e espinafre. Proteínas magras, como frango cozido, ovos e caldos nutritivos, também são recomendadas.
Alguns “remédios caseiros” podem complementar a dieta. O suco de sálvia ou de babosa (aloe vera) com mel, tomado em jejum, auxilia na redução de inflamações. Infusões de camomila e hortelã contribuem para aliviar dores e desconfortos ao longo do dia. O alcaçuz, por suas propriedades antiespasmódicas, também pode reduzir a sensação de peso no estômago e a indigestão.
Outro aliado importante são os probióticos, que ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, fortalecendo as bactérias benéficas e diminuindo inflamações no cólon.
Apesar dos benefícios dessas recomendações, especialistas alertam que cada organismo reage de forma diferente. Por isso, é essencial procurar acompanhamento médico para confirmar o diagnóstico e definir o tratamento mais adequado quando os sintomas persistirem.
As informações são do jornal El Tiempo e de publicações médicas internacionais.
