Os Estados Unidos revogaram, nesta quinta-feira (21), os vistos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A decisão foi confirmada pelo jornalista Túlio Amâncio, com base em informações de fontes ligadas ao governo norte-americano.
A medida amplia a lista de autoridades brasileiras que tiveram restrições impostas pelo governo dos EUA nas últimas semanas. No dia 18 de julho, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já havia anunciado a suspensão dos vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além de aliados e familiares próximos.
O gesto é interpretado como parte de uma estratégia de pressão diplomática de Washington sobre figuras centrais da política e da Justiça brasileira, em um contexto de crescente tensão entre os dois países. Embora o governo dos EUA não tenha detalhado oficialmente os motivos das medidas, fontes diplomáticas afirmam que elas estariam relacionadas a preocupações sobre a condução institucional e a atuação de lideranças brasileiras em temas de democracia e direitos humanos.
Com a decisão, Pacheco e Lewandowski ficam impedidos de ingressar em território americano. A revogação dos vistos também gera repercussões políticas internas, uma vez que atinge diretamente autoridades que ocupam posições estratégicas no Executivo e no Legislativo.