O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou, na manhã deste sábado (16), pela primeira vez a prisão domiciliar imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A saída foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações que envolvem o ex-mandatário, e teve como finalidade a realização de exames médicos em um hospital particular de Brasília.

De acordo com a decisão, a defesa de Bolsonaro deverá apresentar, no prazo de até 48 horas após a realização dos procedimentos, um atestado de comparecimento médico que comprove a necessidade da saída. O ministro destacou que a medida não representa flexibilização da prisão domiciliar, mas sim um direito fundamental relacionado à saúde.

Bolsonaro cumpre a medida cautelar em sua residência desde que foi alvo de mandados expedidos pelo STF em investigações que apuram sua atuação em atos considerados antidemocráticos, bem como suspeitas de tentativa de abalar o processo eleitoral de 2022. Essa foi a primeira vez, desde a decisão judicial, que o ex-presidente deixou o isolamento domiciliar.

A defesa afirma que Bolsonaro tem enfrentado problemas de saúde e que os exames são parte de um acompanhamento médico regular. O episódio reforça a tensão em torno das medidas impostas ao ex-presidente e mantém o foco político e jurídico sobre sua situação.